‘O sentido da vida é existir. É o agora’
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Diego Miranda fazia caricaturas no Parque do Ibirapuera; ele disse ser parecido com o Johnny Depp, e não? |
Conheci Diego no Parque do Ibirapuera. Ele aproveitou o monte de gente que foi para lá domingo ver a Maria Gadú para oferecer caricaturas. Foi justamente por isso que resolvi ir falar com ele, pois seus desenhos me chamaram a atenção (durante a conversa, inclusive, ele fez uma caricatura minha!).
“A ganância do ser humano provoca a infelicidade nas pessoas. As pessoas são tão infelizes porque elas têm referência do cara que é rico, milionário, e elas querem ser igual. Só por isso. Elas se torturam por isso. Na verdade, a felicidade, para mim, é ter saúde. A pessoa precisa de ter saúde para correr atrás do dela”, disse, num discurso que considerei bastante convincente.
Diego me contou que já parou várias vezes para pensar sobre a vida e é por isso que tinha conclusões tão prontas sobre o assunto. “Durante muito tempo eu me achava fora da casinha, meio louco (…). As pessoas achavam que eu era meio louco por pensar assim”, explica, referindo-se a seu comportamento “desprendido” sobre fazer planos.
“As pessoas achavam que eu tinha que fazer planos de longo prazo. Na verdade, tem que ter planos, metas, objetivos e tal, mas não uma coisa que te consuma”, afirmou.
O artista me contou que nasceu em Mato Grosso do Sul, mas já viajou para quase todos os estados brasileiros. Disse que começou a fazer faculdade de pintura no Rio de Janeiro e que viajava pelos Brasil para apresentar seus trabalhos. Aí ele trancou a faculdade para viajar e está em São Paulo há três meses. “São Paulo é uma cidade que te abraça.”
Disse, contudo, que já fez de tudo um pouco na vida: foi frentista, vendedor, empacotador e até mergulhador – função que ainda exerce eventualmente.
Voltando para o assunto do sentido da vida, Diego falou que adotou uma maneira prática de encarar os obstáculos: “se o problema tem solução, resolva-o. Não tem? Foda-se. Fazer o quê? Não da para resolver o problema, cara…”
“A gente vive num mundo que a gente é tolhido pela referência. A gente acha que aqui é bom porque a gente tem uma referência, tal lugar é ruim porque a gente tem uma referência. Se a gente não tivesse referência nenhuma, não ia ter bom ou mal, ia ser tudo bom, na verdade.”
Fonte: http://vidaria.com.br